Na batalhas de SOs, que vença o pior(ou não, espero)!

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Os sistemas operacionais são o software maior e mais complexo que existe dentro de um computador pessoal. Transformar toda a confusão de bytes e códigos assembler em algo altamente simplificado, usável, útil e de acesso a qualquer pessoa realmente é uma das tarefas mais árduas da computação, provavelmente a mais em nível de software.

A qualidade atual dos sistemas operacionais são o fator que torna possível vivermos hoje nessa era onde o computador e a internet são coisas necessárias em nossas vidas profissionais e pessoais. Cerca de 99,5% dos usuários de computador não tem o mínimo interesse em entender como toda aquela "mágica" é possível e ainda menos pessoas conseguiriam digerir as idéias dessa mágica sem ter uma indigestão intelectual fortíssima. Ou seja: graças a bem menos de um milicentésimo de cientistas que passam décadas de sua vida envolvidos em projetos que milhões de pessoas podem usar os computadores.

Daí faz-se a importância de se usar um bom sistema operacional, certo? Nem tanto.

O sistema operacional mais usado ao redor do globo são da série Windows. Diga-se a verdade de que a grande maioria são instalações crackeadas, mas ainda assim tem a bandeira Microsoft neles. Mesmo que essa família de SOs ainda seja a menos segura e onde na verdade surgiu o conceito de virús de computador, o Windows é o número 1. As empresas de software ainda fazem versões dos seus programas apenas pra Windows, e, alias, a esmagadora maioria dos usuários do mundo acha que é apenas ele que existe.

Claro que existe um motivo fortíssimo para essa verdade: o Windows é o Sistema Operacional mais fácil de se usar de todos, sendo seu mais próximo o Mac OS X, da Apple, que só perde em público na verdade pelo preço de hardware (comprar uma máquina Mac boa equivale a comprar pelo menos 2 pcs bons, isso sem contar a manutenção extremamente mais barata e acessível). Interface com o usuário, é assim que se resume todo o segredo de sucesso do Windows.

Então, no outro oposto do mundo dos SOs estão as distribuições Linux: gratuitas, muito mais seguras, muito mais transparentes para o usuário modificar e melhorar para seu próprio uso, sem falar de muito mais estável no seu núcleo. Porém a baixíssima qualidade de interface com o usuário que as distribuições tiveram no começo criou uma distância tão gigantesca entre elas e os consumidores que até hoje, mesmo com interfaces muito mais próximas, os defensores do software livre ainda lutam para conquistar novos adeptos.

O que se pode entender desses acontecimentos então? Que qualidade visual (entenda-se interface bonita, fácil e que exija o mínimo possível de raciocínio) é muito melhor do que segurança, estabilidade e controle.

Não é por acaso que atualmente o Google, com seu domínio na web, esteja sendo a maior ameaça ao domínio da Microsoft no mundo dos softwares. Interface amigável é também a maior qualidade dos produtos da empresa. Ironicamente ou não, a fragilidade dos produtos Google também aparecem mais ao núcleo de suas aplicações. Claro que ainda não viu-se nada tão grave em programas google como se vê nas "travadas" do windows, mas isso pode ser apenas porque o google ainda não tem um programa tão complexo quanto um SO (apesar de caminharem a largos passos para chegarem a isso).

A esperança de mudança de quadro, alias, está exatamente nessa corrida da Google para entrar no mercado de SOs. Para facilitar a própria vida e manter sua política de ser aberto e gratuito, o Projeto do ChromeOS está sendo construído sobre um kernel (leia-se núcleo) linux. Talvez isso já seja uma garantia futura de que existirá um sistema operacional que já vai nascer simples e ainda será free.

O porém é apenas aguardar e ver como o Google pretende inovar o mundo com um sistema integrado a Cloud Computing (mais detalhes dessa tecnologia seriam muito extensos, não entrando neste artigo). Se veremos uma revolução ou um fracasso, ainda existem dúvidas.

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